Perguntas frequentes > Vasectomia
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A vasectomia provoca perda do desempenho sexual ou a masculinidade do homem?
Não. Depois de uma vasectomia, o homem se sentirá o mesmo. Ele poderá ter relações sexuais como sempre teve. Ele poderá até ter mais prazer sexual, uma vez que não há a preocupação de engravidar a parceira. Ele não ficará fraco e a vasectomia não afetará o peso do homem. As ereções e ejaculações serão iguais, salvo que o liquido ejaculado não conterá os espermatozoides. A sua barba crescerá como antes. A sua voz não mudará. A vasectomia não é castração. O procedimento não afeta os testículos, que são os órgãos que produzem os hormônios masculinos.
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Pode ocorrer dor crônica após a vasectomia?
Alguns homens relatam dor crônica ou desconforto no escroto ou testículos que pode durar entre um e cinco anos ou mais, após a cirurgia. Estudos grandes, com milhares de homens, menos de 1% reportaram dor que necessitou tratamento cirúrgico. Nos estudos, um número pequeno de homens com dor crônica intensa referiu arrependimento da cirurgia. A causa da dor é desconhecida. Se pensa que essa dor que é de muito baixa frequência, pode ser causada pela pressão provocada pelo acúmulo de espermatozoides retidos que extravasam através da ligadura dos deferentes ou por lesão nervosa. O tratamento inclui elevação do escroto e analgésicos. Também pode-se injetar anestésico no cordão espermático. Alguns provedores relatam que a cirurgia para remoção da área dolorosa ou reversão da vasectomia alivia a dor. Todos os homens que desejam fazer vasectomia devem ser orientados que, raramente, o homem pode ter dor crónica de longa duração depois da operação.
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É necessário usar outro método anticoncepcional após a vasectomia?
Sim, nos primeiros 3 meses. Se a parceira está usando algum método, ela deverá continuar usando durante esse período. O não uso de métodos anticoncepcionais nos três meses após a cirurgia é a principal causa de gravidez seguindo-se à vasectomia.
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É possível verificar se a vasectomia está funcionando?
Sim. Pode ser feito um espermograma a qualquer momento após 3 meses do procedimento, mas não é essencial. Se é encontrado menos de 1 espermatozoide móvel por 10 campos de alta potência (menos de 100.000 espermatozoides por ml) em amostra fresca, o homem pode confiar na vasectomia e suspender o uso de outro método anticoncepcional. Caso contrário, ele deverá continuar usando outro método e repetir o espermograma mensalmente. Se persistem espermatozoides móveis no sêmen, é necessário repetir a vasectomia.
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E se a parceira de um homem vasectomizado engravida?
Todo homem que será submetido à vasectomia deve ser informado que a cirurgia pode falhar, resultando em uma gravidez da parceira. Ele não deve assumir que a parceira foi infiel se ela engravidou. Se a gravidez ocorreu nos três primeiros meses após a cirurgia, lembre-o da necessidade de usar algum método anticoncepcional durante esse período.
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A vasectomia para de funcionar depois de algum tempo?
Não. A vasectomia é considerada um método permanente. Raramente, os ductos deferentes podem recanalizar-se e, nesses casos, o homem necessitará repetir a vasectomia.
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A vasectomia pode ser revertida se o homem deseja ter mais filhos?
Geralmente, não. A vasectomia é considerada um método permanente. As pessoas que ainda poderiam desejar ter mais filhos, deveriam escolher outro método anticoncepcional. A cirurgia é possível somente em alguns casos, e a reversão frequentemente não resulta em gravidez. O procedimento de reversão é difícil e caro, e os profissionais habilitados são raros. Então, a vasectomia deveria ser considerada permanente e irreversível.
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É melhor o homem fazer a vasectomia ou a mulher fazer a laqueadura?
Cada casal deve decidir qual é o melhor método para ambos. Os dois métodos são muito efetivos, seguros e permanentes. Idealmente, o casal deve considerar ambos; se os dois métodos são aceitáveis, a vasectomia deve ser preferida porque é mais simples, mais segura, mais fácil e mais barata do que a laqueadura.
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Como um/a profissional de saúde pode ajudar um homem a decidir sobre a vasectomia?
Fornecendo informações claras e precisas sobre a vasectomia e outros métodos anticoncepcionais. Discutindo, sob vários aspectos, os seus sentimentos sobre ter ou não mais filhos e sobre o fim da fertilidade. Se possível, fazendo com que ele converse com outros homens que já se submeteram à vasectomia. Revisando os itens de consentimento para a vasectomia que o homem deverá dar, depois de ter sido bem informado sobre o procedimento e antes de submeter-se a ele, certificando-se de que ele entendeu o que significa uma vasectomia.
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Deve-se oferecer a vasectomia somente para homens a partir de uma determinada idade ou número de filhos?
No Brasil, segundo o artigo 10 da lei 9.263, a esterilização masculina ou feminina somente é permitida em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos de idade ou, pelo menos, com 2 filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de sessenta dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico ou, ainda, em situações de risco à vida ou à saúde da mãe ou do futuro concepto.
Uma tarefa importante durante a orientação é ajudar o homem a refletir cuidadosamente sobre a sua decisão, considerando todas as consequências. Por exemplo, os provedores de planejamento familiar devem ajudá-lo a pensar sobre a possibilidade de mudanças na sua vida e sobre como essas mudanças poderiam afetar a sua decisão.
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A vasectomia aumenta o risco de câncer ou doença cardíaca?
Não. Evidências de estudos grandes e bem controlados mostram que a vasectomia não aumenta o risco para câncer testicular ou prostático ou doença cardíaca.
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Após a vasectomia um homem pode transmitir ou infectar-se com uma infecção sexualmente transmissível (IST), incluindo HIV?
Sim. A vasectomia não protege contra IST/HIV. Todos os homens em situação de risco para IST/HIV, vasectomizados ou não, devem usar preservativos para proteger-se e proteger sua parceira.
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Onde a vasectomia pode ser feita?
Se o homem não apresenta nenhuma condição médica pré-existente que requer cuidado, a cirurgia pode ser realizada em hospitais, centros de saúde, clínicas de planejamento familiar ou consultórios privados.