Perguntas frequentes > Preservativo Masculino
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Os preservativos são eficazes na prevenção de gravidez?
Sim, os preservativos masculinos são eficazes, mas somente se usados de forma correta em toda relação sexual. Quando usados de modo consistente e correto, apenas 2 de cada 100 mulheres, cujos parceiros usam preservativos, engravidam no primeiro ano de uso. Muitas pessoas, contudo, não usam preservativos toda vez que fazem sexo ou não os utilizam corretamente. Isto reduz a proteção contra gravidez.
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Qual é o grau de proteção dos preservativos contra a infecção pelo HIV?
Em média, os preservativos são de 80% a 95% eficazes na proteção da infecção pelo HIV quando usados corretamente em toda relação sexual. Isto significa que a utilização de preservativos previne de 80% a 95% das transmissões do HIV que ocorreriam sem o uso dos mesmos. (Não significa que 5% a 20% dos usuários de preservativos se infectarão com o HIV.) Por exemplo, entre 10.000 mulheres não infectadas cujos parceiros sejam portadores do HIV, se cada casal praticou sexo vaginal apenas uma vez e não tem fatores de risco adicionais de contrair uma infecção, em média:
• Se todas as 10.000 não tivessem usado preservativos, haveria a probabilidade de cerca de 10 mulheres se infectarem com o HIV.
• Se todas as 10.000 tivessem usado preservativos corretamente, 1 ou 2 mulheres teriam a probabilidade de se infectarem pelo HIV.
As chances que uma pessoa exposta ao HIV tem de se infectar podem variar enormemente. Estas chances dependem do estágio da infecção pelo HIV do parceiro (os estágios iniciais e adiantados são os mais infecciosos), se a pessoa exposta tem outras ISTs (aumenta a suscetibilidade), a presença ou ausência de circuncisão masculina (homens não circuncidados tem maior probabilidade de se infectarem com o HIV) e a gravidez (mulheres grávidas podem ter risco maior de infecção), entre outros fatores. Em média, as mulheres apresentam o dobro do risco de se infectarem, caso expostas ao HIV, do que os homens.
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O uso de um preservativo apenas em algumas vezes oferece alguma proteção contra as ISTs, entre elas o HIV?
Sim, em alguns casos, o uso eventual pode dar proteção. Por exemplo, se uma pessoa tem um parceiro regular fiel e tem uma relação sexual fora do relacionamento, o uso do preservativo nesta relação poderá proporcionar alta proteção. Entretanto, no caso de pessoas expostas frequentemente às ISTs, inclusive o HIV, o uso do preservativo apenas algumas vezes possibilitará uma proteção limitada. Para obter uma melhor proteção, deve-se utilizar sempre um preservativo em cada relação sexual.
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O uso de preservativos reduzirá o risco da transmissão de IST durante o sexo anal?
Sim. As ISTs podem ser passadas de uma pessoa a outra durante qualquer ato sexual com penetração do pênis em qualquer parte do corpo da outra pessoa.
Alguns atos sexuais são mais arriscados dos que outros. Por exemplo, o risco de se infectar com o HIV é 5 maior no sexo anal receptivo desprotegido do que no sexo vaginal receptivo desprotegido. Ao utilizar um preservativo de látex para fazer sexo anal, é fundamental usar lubrificante à base de água ou silicone para ajudar a impedir que o preservativo se rompa.
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Os preservativos de plástico (sintéticos) são eficazes na prevenção das ISTs, Inclusive o HIV?
Sim. A expectativa é que os preservativos de plástico proporcionem a mesma proteção que as camisinhas de látex, mas ainda não foram estudados exaustivamente.
A FDA (Administração de Alimentos e Drogas) dos Estados Unidos recomenda que os preservativos feitos de plástico sejam utilizados para proteção contra a ISTs, entre elas o HIV, somente se a pessoa não puder usar preservativos de látex. Entretanto, os preservativos feitos de pele animal tais como pele de cordeiro (também chamados de preservativos de pele natural) não são eficazes para prevenir as ISTs, inclusive o HIV.
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Os preservativos frequentemente se rompem ou escorregam para fora durante o sexo?
Não. Em média, cerca de 2% dos preservativos se rompem ou escorregam para fora completamente durante o sexo, basicamente porque foram utilizados de forma incorreta. Quando usados adequadamente, as camisinhas raramente se rompem. Em alguns estudos com taxas mais elevadas de ruptura, frequentemente alguns poucos usuários vivenciaram a maioria das rupturas ao longo de todo o estudo. Outros estudos também sugerem que, enquanto a maioria das pessoas utiliza os preservativos corretamente, há uns poucos que, de modo consistente, os usam de forma errada, o que faz com que se rompam ou escorreguem. Assim, é importante ensinar as pessoas o modo certo de abrir, de colocar
e de tirar os preservativos e também de evitar práticas que aumentam o risco de ruptura.
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O que homens e mulheres podem fazer para reduzir o risco de gravidez e de ISTs caso um preservativo escorregue ou se rompa durante o sexo?
Se um preservativo escorregar ou se romper, a ingestão de pílulas anticoncepcionais de emergência podem reduzir o risco da mulher engravidar (ver a seção Anticoncepção de Emergência no site). Contudo, pouco se pode fazer para reduzir o risco de ISTs, exceto no caso do HIV. Lavar o pênis não adianta. Fazer ducha vaginal não é muito eficaz na prevenção de gravidez, e ela aumenta o risco da mulher adquirir uma IST, inclusive o HIV, e doença inflamatória pélvica.
Se houver certeza quanto à exposição ao HIV, o tratamento com medicamentos antirretrovirais (profilaxia pós-exposição), nos locais em que estiver disponível, poderá ajudar a reduzir a transmissão do HIV. Caso haja certeza da exposição a outras ISTs, o profissional de saúde poderá tratar, de acordo com esta hipótese, tais ISTs—isto é, tratar o/a cliente como se estivesse infectado/a.
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Um homem pode colocar 2 ou 3 camisinhas ao mesmo tempo para ter mais proteção?
Há poucas evidências sobre os benefícios de se usar 2 ou mais preservativos ao mesmo tempo. De modo geral, não se recomenda este procedimento devido a preocupações de que a fricção entre os dois preservativos poderia aumentar a chance de ruptura. Num dos estudos, entretanto, os usuários relataram menos ruptura quando utilizavam 2 camisinhas ao mesmo tempo, quando comparado ao uso de apenas 1 preservativo.
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Os preservativos farão com que um homem não tenha mais ereção (torne-se impotente)?
Não, não para a maioria dos homens. A impotência tem muitas causas. Algumas causas são físicas, outras são psíquicas. Os preservativos por si próprios não causam impotência. Contudo, alguns homens podem ter problemas em manter uma ereção ao utilizarem preservativos. Outros—especialmente homens de mais idade—poderão ter dificuldade de manter uma ereção devido ao fato do preservativo
amortecer a sensação obtida na relação sexual. O uso de mais lubrificação pode ajudar a aumentar a sensação de homens que usam preservativos.
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Os preservativos são usados principalmente em relações casuais ou por pessoas que fazem sexo por dinheiro?
Não. Se por um lado muitos parceiros casuais recorrem ao preservativo para se protegerem das IST, por outro, há também casais matrimoniais no mundo todo que usam preservativos para evitarem a gravidez. No Japão, por exemplo, 42% dos casais usam preservativos—mais do qualquer outro método de planejamento familiar.
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A alergia ao látex é comum?
Não. A alergia ao látex é incomum na população em geral, sendo muito raros os relatos de reações alérgicas moderadas ao preservativo. Reações alérgicas agudas ao látex são extremamente raras. Pessoas que têm reação alérgica a balões ou luvas de borracha podem ter uma reação semelhante aos preservativos de látex. Uma reação moderada provoca vermelhidão, coceira, erupção ou inchaço da pele que entra em contato com a borracha de látex. Uma reação aguda provoca urticária ou erupção em boa parte do corpo, tontura, dificuldade para respirar ou perda da consciência após entrar em contato com o material. Tanto homens quanto mulheres podem ser alérgicos ao látex e a preservativos fabricados com este material.