Perguntas frequentes > Esterilização Feminina
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A esterilização feminina altera o padrão menstrual ou provoca amenorreia?
Não. A maioria dos estudos não encontrou alterações significativas do padrão menstrual após a cirurgia. Se a mulher usava pílula ou DIU antes da laqueadura, seu padrão de sangramento voltará ao que era antes de usar esses métodos. Além disso, o ciclo menstrual geralmente fica mais irregular com a proximidade da menopausa.
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A esterilização feminina provoca perda do desejo sexual? Engorda?
Não. De fato, a mulher pode até aumentar o desejo sexual porque ela não terá a preocupação com o risco de gravidez. Ela também não terá ganho de peso por causa do procedimento.
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Uma mulher que foi submetida à cirurgia de laqueadura tubária dever preocupar-se com o risco de uma futura gravidez?
Geralmente, não. A esterilização feminina é muito efetiva para a prevenção da gravidez e é considerada um método permanente. Entretanto, ela não é 100% efetiva. Mulheres esterilizadas têm um discreto risco de gravidez: aproximadamente 5 de cada 1.000 mulheres engravidam no primeiro ano após o procedimento. Esse risco se mantém além do primeiro ano até a menopausa.
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A gravidez após a laqueadura tubária é rara, mas por que acontece?
Na maioria das vezes acontece porque a mulher já estava grávida no momento da cirurgia. Em alguns casos pode ocorrer uma recanalização das trompas. Em outros casos a gravidez pode ocorrer se a ligadura foi feita em outra estrutura que não as trompas.
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A esterilização pode ser revertida se a mulher desejar uma nova gestação?
Geralmente, não. A esterilização feminina é um método permanente. A cirurgia para reversão é possível somente em alguns casos, mas mesmo nesses casos a reversão frequentemente não leva a uma gestação. O procedimento de reversão é difícil e caro. Quando a gravidez ocorre, o risco de gravidez ectópica é maior do que o usual. Portanto, a esterilização deve ser considerada irreversível. As pessoas que desejam ter mais filhos devem optar por outro método de planejamento familiar.
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O que é melhor: a laqueadura ou a vasectomia?
Cada casal deve decidir qual é o melhor método para ambos. Os dois métodos são muito efetivos, seguros e permanentes. Idealmente, o casal deve considerar os dois métodos. Se ambos são aceitáveis, a vasectomia é preferível porque é mais simples, mais segura, mais fácil e mais barata do que a laqueadura.
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Como os provedores de saúde podem auxiliar a mulher a decidir sobre a esterilização feminina?
Os provedores devem oferecer informação e orientação sobre a cirurgia e sobre os demais métodos anticoncepcionais disponíveis, com o objetivo de ajuda-la em sua tomada de decisão. Além disso, devem ser seguidas as etapas indicadas na legislação sobre planejamento familiar no Brasil.
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A esterilização feminina aumenta o risco de gravidez ectópica?
Não. Ao contrário, a esterilização feminina reduz enormemente o risco de gravidez ectópica. Gravidez ectópica é muito rara em mulheres submetidas a laqueadura tubária. A taxa de gravidez ectópica entre essas mulheres é de 6 por 10.000 mulheres por ano. A taxa de gravidez ectópica em mulheres nos Estados Unidos não usuárias de métodos anticoncepcionais é de 65 por 10.000 mulheres por ano. Nas raras ocasiões em que ocorre falha do método e a gravidez ocorre, 33 de cada 100 (1 de cada 3) dessas gestações são ectópicas. Assim, embora a maioria das gestações após falha da cirurgia não seja ectópica, os provedores devem estar atentos à possibilidade de gravidez ectópica no caso de falha da cirurgia.